O que acontece quando alguém chega pela primeira vez ao Centro Espírita Tarefeiros do Bem querendo participar do projeto Acolher & Despertar? A resposta é sempre a mesma: vai passar por uma entrevista com a equipe do Atendimento Fraterno. Mas o que vem a ser? Um trabalho de vidência? Alguma forma de consulta psicológica? Nada disso. Para entender, vamos começar do princípio.
É importante observar que muitas pessoas chegam ao Centro Espírita em situação de sofrimento físico ou moral, às vezes tão acentuado a ponto de provocar estados de desânimo, depressão, perda de autoestima ou perturbações de toda ordem. A maioria dos centros tem um serviço de Atendimento Fraterno. É nele que ocorre o primeiro contato entre a instituição e o visitante, em que são levantadas as motivações e necessidades mais urgentes do recém-chegado com vistas a orientá-lo sobre as atividades do Centro ou encaminhá-lo para alguma forma de atendimento especializado, quando necessário.
Trata-se de um espaço de acolhimento, no qual o recém-chegado é instado a falar de si e dos motivos que o trouxeram à instituição. O entrevistador, que deve ser um trabalhador experimentado, ouvirá com respeito, sem preconceitos ou condenações, e tentará encaminhar o atendido para a atividade mais adequada para sua situação específica. Alguns atendidos chegam angustiados, ansiosos, e não apresentam sequer a tranquilidade necessária para participar de uma reunião de estudos, ou de uma roda de troca de experiências. Para estes, o encaminhamento pode ser para uma reunião de TE (Tratamento Espiritual) ou para uma sessão de passes. Já outros atendidos mostram condições e interesse para participar de reuniões públicas.
Eventualmente, e na medida da disponibilidade da equipe, o Atendimento Fraterno, no âmbito do projeto Acolher & Despertar pode ser realizado na língua do recém-chegado: inglês, francês, espanhol ou português.
O que o Atendimento Fraterno não é
O Atendimento Fraterno não é uma terapia. Contudo, observa-se que muitas pessoas chegam ao Centro Espírita em situação de sofrimento físico ou moral, às vezes tão acentuado a ponto de provocar estados de desânimo, depressão, perda de autoestima ou perturbações de toda ordem. Para estas, uma conversa individualizada, em ambiente discreto, onde contam com a escuta atenta e solidária de um voluntário, pode não representar solução imediata, mas representa um apoio considerável, ponto de partida para uma reação positiva.
O Atendimento Fraterno – mesmo quando feito por um atendente médium – não é e não deve ser um trabalho mediúnico. Não resolve problemas nem elimina magicamente o sofrimento, mas pode contribuir poderosamente para o despertamento das potencialidades do atendido. Quem não se sente melhor só pelo fato de ser ouvido e acolhido?
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